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Criado por Samuel Júnior em qua, 25/03/2020 - 19:35
Guilherme Henrique Silva, discente do Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências pela Universidade Federal de Ouro Preto, defendeu sua dissertação, intitulada "A saúde e a estética como contextualizadoras da aprendizagem em Biologia Celular: uma experiência CTS sobre o laser e suas interações nas mitocôndrias”, financiado pela CAPES, CNPQ e FAPEMIG.
Nas palavras de Guilherme, “O estudo das células provoca o fascínio dos graduandos da área biológica na mesma medida em que desmotiva sua aprendizagem em razão da complexidade dos processos, fenômenos e terminologias empregadas. O conteúdo abstrato parece se distanciar da vida cotidiana e a pergunta mais recorrente é “Por que estudar tudo isso?”. Nesse contexto, buscamos conquistar o interesse do aluno por meio da demonstração do impacto que as informações sobre célula podem ter nas tomadas de decisão rotineiras. Para isso, desenvolvemos uma sequência didática de abordagem crítico-pedagógica embasada em CTS – Ciência, Tecnologia e Sociedade – e circunstanciada na organela mitocôndria.”
A intervenção foi realizada como pesquisa encoberta, (pesquisa conduzida sem que os participantes sejam informados sobre objetivos e procedimentos do estudo).
Os estudantes envolvidos foram convidados a questionar sobre a segurança, efetividade e aplicabilidade da tecnologia do laser numa perspectiva científica e social, confrontando o interesse individual e a reflexão sobre os limites entre a saúde e a estética. Acrescenta Guilherme.
As reações dos envolvidos foram registradas em audiovisual, e após o consentimento devido, foram analisadas usando como referencial o Engajamento Disciplinar Produtivo (EDP), que segundo os pesquisadores Lúcia Helena Sasseron e Tadeu Nunes de Souza, expressa a construção de entendimento sobre conceitos e práticas realizada pelos estudantes).
“Dessa forma, verificamos em que medida uma abordagem contextualizada dos conhecimentos sobre mitocôndria propicia o engajamento dos alunos no processo de ensino e aprendizagem de Biologia Celular. Em decorrência disso, o aluno passa de mero espectador a protagonista, ou seja, como um agente que pode resolver problemas e mudar a si mesmo e o mundo ao seu redor”, conclui o pesquisador.
O estudo orientado pela Prof.a Dr.a Uyrá dos Santos Zama foi avaliado e aprovado pela banca examinadora.