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Análise do desempenho térmico de habitações multifamiliares de interesse social com paredes verdes

Português, Brasil

Luana Resende de Souza, discente do Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Ouro Preto, defendeu sua dissertação, intitulada “avaliação de compostos bioativos e antioxidantes de suco de frutas vermelhas suplementado com própolis verde” financiado pela CAPES, CNPQ e FAPEMIG, nos últimos dias. Segundo a pesquisadora Luana Resende: “O trabalho trata da utilização de vegetação autoaderente (trepadeiras) nas paredes de edificações como estratégia passiva de condicionamento ambiental. Embora os benefícios da vegetação sejam amplamente conhecidos, sua utilização como elemento de fachada ainda compreende uma prática bastante incipiente. Esta estratégia tem se popularizado devido à promessa de melhoria no desempenho térmico das edificações, além de representar uma alternativa de ampliação da biodiversidade no ambiente urbano.”
 

Edifício Consórcio Santiago, Chile - FONTE: BROWNE, E. The “Consorcio–Santiago” building 14 years later. Centro Comercial SihlCity, Zurique (Suíça)

Dessa forma, a proposta de Luana Resende neste trabalho é analisar a tecnologia das paredes verdes inseridas no contexto climático brasileiro. O foco do trabalho foi analisar o comportamento térmico de edifícios habitacionais a partir da influência das paredes verdes nas edificações. “Como metodologia, utiliza-se a simulação do comportamento termo energético de um edifício habitacional multifamiliar, por meio do programa EnergyPlus, incluindo-se o modelo HAMT que leva em conta o processo de transferência de umidade através da envoltória, para as oito zonas bioclimáticas brasileiras previstas na norma ABNT NBR 15.220. Os resultados obtidos demonstram que existe uma diferença na temperatura interna dos ambientes, decorrente dos dois arranjos de fachada analisados: com e sem vegetação. De modo que o uso da parede verde proporciona uma redução da temperatura interna de até 2,8°C no verão e um aumento de até 1,2°C no inverno.” De acordo com a pesquisadora. O estudo conclui que a vegetação que compõem as paredes verdes funcionam proporcionam o isolamento térmico, visto que atuam na manutenção da temperatura interna dos ambientes onde são instaladas, propiciando assim uma temperatura interna mais baixa durante o dia e amena durante a noite. “Logo, as paredes verdes podem representar uma solução sustentável e de baixo custo a ser implantada às edificações, visando melhorar seu desempenho térmico - principalmente às edificações de interesse social, uma vez que estas construções se destinam a uma população de baixa renda, que nem sempre pode pagar por erros cometidos em projeto que elevem o consumo de energia destes edifícios.” Finaliza Luana.

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