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Submitted by Admin Propp on Fri, 24/07/2020 - 11:11
A mestranda Isabela Perucci Esteves Fagundes, aluna do Programa de Pós Graduação em Educação pela Universidade Federal de Ouro Preto, financiado pela CAPES, CNPQ e FAPEMIG, defendeu sua dissertação, intitulada “Heteroidentificação racial para concursos públicos de professores/as na Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP”. De acordo com Isabela, o trabalho teve por objetivo compreender a atuação das comissões de verificação da autodeclaração racial para fins de reserva de vagas em concursos públicos para professores efetivos no âmbito da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). “A pesquisa foi conduzida a partir de uma contextualização do tema, onde se discutiu a demanda pelas cotas raciais, a essencialidade da autodeclaração racial nesse processo e a necessidade de sua verificação para que as cotas realizem sua finalidade. Para orientar a investigação de campo, foi construído um estado do conhecimento sobre o tema a partir da produção acadêmica pertinente localizada, produzida entre 2014 (quando entra em vigor a Lei de Cotas no Serviço Público) e 2019”, acrescenta. A metodologia usada para o desenvolvimento da pesquisa, usou de recursos qualitativos, se apoiando em coleta de dados, análise de documentos, entrevistas e observação. As referências teóricas que fundamentam o trabalho, de acordo com a autora, são as concepções sobre identidade, de Nilma Gomes e Kabengele Munanga; sobre raça, também de Nilma Gomes e Antônio Sérgio Guimarães; sobre preconceito de marca, de Oracy Nogueira, sendo as categorias analíticas exame, discurso e verdade, de Foucault, operadoras da posição como pesquisadora. O estudo indica um papel pedagógico das comissões de verificação na temática das relações raciais; a pesquisa também evidencia o aumento do número de docentes negros/as da instituição (UFOP), a partir da adoção da heteroidentificação racial, que consiste em uma banca que avalia se o candidato autodeclarado cotista racial o é realmente, a partir da utilização do critério fenotípico. Por fim, o estudo traz algumas reflexões sobre o que o procedimento fez pela inclusão racial na UFOP e o que ainda pode ser feito para potencializar esses resultados. Conclui Isabela.