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Submitted by Admin Propp on Mon, 27/07/2020 - 12:17
Jouse Teixeira Ribeiro, discente do Programa de Pós Graduação em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Ouro Preto, defendeu sua dissertação, intitulada “Uma avaliação da estrutura do Mercado de Trabalho, Crescimento Econômico e seus efeitos sobre o Crescimento Pró-pobre para os estados Brasileiros no período de 2004 a 2014”, orientada pelo Prof. Dr. Roberto Salvador Santolin e financiado pela CAPES, CNPQ e FAPEMIG. De acordo com Jouse T. Ribeiro, a economia brasileira, durante o período de 2004 a 2014, destacou-se pela expansão, ampliação e consolidação de benefícios sociais destinados à população que apresentava maior vulnerabilidade. “Alguns indicadores descrevem o cenário do país para o referente período: O PIB real acumulado para o período foi de 40,91%. Concomitante, observa-se também redução na desigualdade de renda, o coeficiente de GINI caiu em 9,44% o que representa queda de 0,572 em 2004 para 0,518 em 2014, de acordo com os dados do IPEA (2020). Nesse mesmo sentido, o progresso econômico possibilitou uma redução na linha da pobreza. Segundo dados do Banco Mundial (2020) para o período de 2004 a 2014 houve uma redução de 77,65% da população situada na extrema pobreza (pob1), de 71,64% da população situada na pobreza (pob2) e de 56,08% da população localizada em vulnerabilidade à pobreza (pob3)”, segundo a pesquisadora. Dessa forma, a proposta do estudo foi avaliar, a partir de atribuições individuais do mercado de trabalho e de variáveis agregadas para os estados brasileiros, como por exemplo, a desigualdade de renda, crescimento econômico setorial (agricultura, indústria e serviços) e políticas de assistência social (Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada), o crescimento da renda e diminuição da pobreza da população no período de 2004 a 2014. Jouse Ribeiro nos conta que os modelos estimados remetem aos métodos de análise de crescimento pró-pobre (que ocorre quando a renda dos pobres aumenta de acordo com o crescimento da renda. Ou seja, essa definição sugere que ocorre esse tipo de crescimento se houver uma redução da pobreza, independentemente do que ocorrer na distribuição de renda, de acordo com Ravallion e Chen). A metodologia escolhida foi a estimação em duas etapas sugeridas por Baltagi et al. (2009). “A primeira etapa, denominada primeiro estágio cross-section, refere-se à estimação por Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) e à modelos de escolha binária, as quais se relacionaram com a renda e os níveis de pobreza aos atributos individuais do mercado de trabalho. Na segunda etapa, utilizou-se a renda e a pobreza estadual obtidos na primeira etapa cross-section e avaliou-se, por meio de um modelo com dados em painel, as variáveis de desigualdade, crescimento econômico e de políticas sociais agregadas para estados. As bases de dados foram obtidas na PNAD e no IPEA, no período entre 2004-2014. Os resultados obtidos evidenciaram que tanto o crescimento econômico setorial como as políticas sociais apresentaram benefícios aos indivíduos em situação de pobreza”, finaliza a pesquisadora.